quinta-feira, 10 de março de 2011

arquitetos?

"Da vida de um arquiteto ficarão as arquiteturas. Concretização de sua história, de seus sonhos e de seu trabalho. E a vida do artista é todo o significado que se pode extrair de uma obra de arte. No futuro, o arquiteto estará distante, cada vez mais diluído na memória dos jovens. Mas suas arquiteturas continuarão presentes – contemporâneas – e nelas, de certo modo, sua vida se estenderá, se desdobrando em outras.

Talvez por isto tenha o arquiteto sempre valorizado mais a vida do que a arquitetura. Afinal, de que interessa a arquitetura se não servir à vida?

Talvez também por isto tenha ele insistido em continuar sendo um amador onde muitos se esforçam pretendendo ser profissionais. (...)

Arquitetura não é arte para ser vista, apenas. É arte para ser vivida, vivenciada. Não se pode apreendê-la com fotografias, nem filmes, nem maquetes, nem nada. Todas estas formas são redutoras, parciais, incompletas. É preciso ir ao seu encontro, tocá-la com as mãos, com os pés, com o corpo todo e seus sentidos amplificados em movimento."


Artur Rozestraten, arquiteto e urbanista, professor junto ao Departamento de Tecnologia da FAUUSP

Nenhum comentário:

Postar um comentário