terça-feira, 29 de março de 2011

A internet é um perigo... desabafo.

Esse é um blog pra falar sobre oque eu penso, trocar ideias com meus amigos...
acho que tenho só uns 4 ou 5 seguidores, todos amigos.
Mas a internet tem um super poder... e o que eu escrevo e penso acabou me gerando problemas.

Por ser um veículo público, eu deveria ter tomado mais cuidado com meus comentários, não me confiar tanto na liberdade de expressão. Talvez eu não tenha pensado assim por não achar que muita gente fosse ver ou se interressar pelo blog. Fui imprudente e imatura (não queria essa publicidade de intriga) .

Escrevi há alguns dias sobre uma mostra, dando minha opinião, minhas questões e acabei gerando a maior confusão!
Não imaginei ofender tanta gente (é o que me disseram - nem sei se procede)... errei por ter falado maneira generalizada , mas nunca falei mal de nenhum arquiteto ou loja, falei da minha impressão do formato da mostra, mais comercial que conceitual.
eu só não gostei da feira porque tinha outra expectativa, esperava encontrar lá novos talentos, a tendência da conscientização e o que ví era o que ja conhecia das lojas - que não significa que os móveis eram sem beleza/qualidade ou o projeto dos arquitetos não eram bons, eu gostei sim das composições.
Minha decepção foi pelo nome da mostra ser o mesmo de outra que já aconteçe e tem outra conotação, fiquei triste e desabafei sobre isso. acrescentando o video da feira para me entenderem melhor :
http://www.youtube.com/watch?v=QYeDFwZWbtc&feature=player_embedded#at=23


Eu tenho um banco da kartell, e havia lá um igual... mas no verso não havia o selo de original da marca (nem sempre os arquitetos sabem disso), por isso disse que vi peça falsa, tinha gente ao meu lado quando chequei o banco, o que não significa que as outras fossem, mas no meu post eu falei sem descrever a peça. (pra que não fiquem dizendo por ai que eu falei que TUDO era falso, pq eu NUNCA DISSE ISSO)


Falha minha... e eu sei que foi grave (para as opiniões divergentes).
Não queria ganhar inimigos, muito menos fazer mal a ninguém, so fui escrevendo, em um processo muito natural, o que eu pensava.

Mas está feita uma confusão e eu não sei o que concluir com isso... fico muito triste porque nunca tinha tido
essa sensação de temer o que falar, sou pós ditadura, não conhecia esse sentimento de pisar em ovos, esse sentimento de ameaça. ai como sofreram os jovens daquela geração...
A internet está virando um veículo muito perigoso, estamos nos expondo e logo, correndo riscos que nem sabia existir (o transtorno de querem me processar, alegando injuria, difamação, uso ilegal de imagem etc..). É vivendo e aprendendo... agora temos que sorrir pra tudo??? ter outra opinião é pecado??? senso critico é pecado??? 

Eu apaguei a imagem que tinha colocado no post, a pedidos (realmente eu peguei do google), mas não vou apagar o texto... não há nenhuma maldade nele... e omitir minha opinião é concordar com a falta de liberdade. DEUS ME LIVRE!

*em vermelho meus acrescimos ao texto

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sergio J. Matos, da caatinga para o mundo

Em um post passado, sobre a mostra 100%DESIGN, comentei que a unica coisa que tinha me chamado atençãoeram uns bancos... vamos falar sobre eles...
São peças do designer paraibano Sergio J. Matos, que estará pela segunda vez na feira de Milão.

Como um bom paraibano, não nega suas raizes e sim as afirma, criando peças que exploram referências sertanejas. As denominações são ótimas: xique-xique, carambola, giral... muito bom!!





Ele está no caminho certo pra se afirmar entre os nomes do Design internacional, inclusive foi descoberto pela curadora do Salão Sateliete (dedicado aos novos talentos), Marva Griffin.  Seu trabalho so ganhou a adimiração dos conterrâneos depois disso. Normal...

Eu li uma entrevista dele, onde respondendo sobre o que falta ao design brasileiro ele diz:  
"empresas que acreditem nos profissionais brasileiros e deixem a indústria da cópia..."

Continua  morando e trabalhando na Paraíba (pois nem todo mundo precisa ir pra São Paulo pra ser feliz), lugar que inspira suas criações genuinas.

Gostei dele!!



domingo, 27 de março de 2011

Your Shoe Umbrella!!


Guarda-chuva pra sapato... uma ótima ideia!

Como em Fortaleza vem chuvendo torrencialmete, achei uma boa resgatar essa invenção americana: Shuella.
Trata-se de uma capa de chuva para os sapatos, que vem em uma bolsinha pequena, pratica de se ter na bolsa, como os guarda-chuvas portáteis.
É a salvação pra nossos sapatos e sandálias em dias enlameados...
e ainda é super bonitinha, com cores legais.


Para nós, arquitetas, também é uma boa pra visitas de campo. As vezes saimos com um sapatinho super bacana/frágil e, inesperadamente (mas de praxe), vem uma ligação para visitar a obra urgente... coitados dos nossos sapatos!!




 Fica a dica... só não comprem a amarela porque já é minha!
http://www.shuella.com/shop.php




Mostra 100%DESIGN - London Design Festival 2010

Como só reclamar, não é transformar... segue um pouco de uma mostra 100% design de verdade!

Na feira anual, London Design Festival, entre as centenas de exposições que acontecem simultaneamente, a mostra 100% Design é a grande trendsetter! Abrange tanto mobiliário, quanto acessórios, revestimentos, acabamentos e metais para banheiro (estão investindo pesado na hora do banho) , revelando as tendêcias mundiais - no caso eram o uso da madeira, a consciência eco, a exploração dos materias sintéticos para efeitos de alto brilho e claro, a irreverência.


essa torneira tem o desenho dela.. Zaha Hadid


este sofá, pasmem, é feito de concreto.. é tocar para crer!


 e essa luminária?? intercâmbio entre mundos adjacentes... pode ser usada de várias maneiras e literalmete é um "acessório para vestir" a casa com personalidade.

desenho de Belgas, reforçando a tendência de simplicidade e uso de madeiras naturais e reflorestadas (obvio). Aliás eu admiro muito a relação que os paises nórdicos tem com a madeira.


eu que sou adepta dos pequenos prazeres cotidianos, achei esses talheres o máximo vezes dois. São de uma fábrica austríaca que trabalha com metal. Estes são de 2006, mas a fabrica mantêm na linha de produção desenhos do começo do século. Pra ver como desenho bom é consistente...
me espantei com um conjunto de talheres de 1902, parecem super atuais - vanguarda total pra época... 
vi no site:


Ponto para nós... a marca allê, design brasileiro, apresentou esta mesa feita com topos de sobra de madeira. uma marcenaia surpreendente, rica e dentro da tendência eco...pra matar de orgulho!
entrem no site e vejam como tem muito mais!

Isso é só um recortes.. nos sites e blogs da área há muito pano pra manga para os interessados.. essas fotos são emprestadas do site casa da editora abril - nada como um google nas nossas vidas!

Navegar é preciso! =)

Mostra 100% Design


Acho que muita gente deve ter ouvido falar desta mostra que houve no Del Passeo.
Não pude reservar uma tarde pra conferir, mas acabei a vendo por acaso no último domingo, quando fui almoçar no shopping.

Fiquei muito decepcionada... Salvo uns bancos trançados com cordas de punho de rede (que estavam na  circulação de entrada da Santos Dumont) e o fato de arquitetos (que respeito muito) terem feito a composição dos ambientes, a exposição não passou de um showroom de lojas de decoração, sem muita atenção ao quesito curadoria pois não houve muito conceito e apesar do título 100% DESIGN haviam peças FALSIFICADAS , o que é pior. Acho isso de péssimo gosto - leia-se absurdo!
Eu esperava muito mais... =(

Amigos arquitetos, formadores de opinião, que tipo de mensagem essa "mostra" traz ao nosso público?

Acho que devemos ser mais críticos em relação ao que fazem do nosso trabalho...
Os nossos antepassados, que usavam a arquitetura e o design de interiores como forma de materializar as mudanças e os rumos da humanidade, não merecem isso!



vivendo com estilo...

Se pesquisarmos no google imagens a palavra "tailândia", aparecerão imagens como esta...
e se pensarmos em Design tailandês...? Com certeza nos vem a cabeça peças de palha e bambu, móveis rústicos de madeira maçica, pátinas coloridas etc.
Isso é fruto de uma visão estereotipada (assim como pensar que o Brasil é so carnaval, que nos vestimos como a Carmen Miranda e temos macacos de estimação), por não conhecermos as outras vertentes deste pais que apesar de ser repleto de privações, subdesenvolvido e econômicamente dependente do turismo "exôtico", começa a despontar no design de produtos com criatividade que não deixa nada a dever em relação aos grandes centros .

Diretamente de Bangkok, a designer Thos S. leva a QUALY-lândia ao mundo...


A marca QUALY é um retrato da globalização, de que todos os povos podem crescer, se atualizar e aparecer para o mundo com toda qualidade. Com inspiração da estética toy (de brinquedos para gente grande) somada à sabedoria oriental, traz para o day-by-day, objetos felizes e principalmente funcionais.

Particularmente amo coisas assim... e acho que pôr invenção e humor nos objetos cotidianos é essencial.. vamos ter casas mais felizes!!!

esses cabides moram lá em casa...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Design day...

Ontem, em uma louvavel iniciativa da ouvidor interiores, tivemos uma tarde de palestra seguida de debate e brindes... Normal pra nossas vidas? quase...



"o povinho da arquitetura", como diz meu amigo querido da moda Felipe Naur (Qjo), geralmente se encontra para ver novas coleções e conversar amenidades, mas ontem nossas mentes estavam em polvorosa depois do debate e os assuntos regados a champagne eram arquitetura, design, mercado, comportamento etc.. lindo isso!!

Estavamos inquietos porque durante o debate ouvimos absurdos, que passado o calor do momento (eu diria frio, pois estava me tremendo debaixo de 40mil btus), considerei essencial pois foi uma cutucada que nos instigou....
Um dos colegas presentes tomou o microfone para dizer, em outras palavras, que a cena da arquitetura e design em Fortaleza não acompanha o desenvolvimento do mercado nacional no mesmo passo porque o consumidor cearense é um ignorante nato!!! Ela se desvalorizou, me desvalorizou, devalorizou minha familia e meus amigos.

Ainda levantei e meio nervosa tentei falar alguma coisa em defesa dos meus colegas, dos meus clientes, da minha cidade, mas enfim...
O que eu queria abordar neste "humilde post" é minha opinião como jovem arquiteta.

São Paulo e Rio são sem dúvida, as capitais que mais se destacam no pais, as maiores empresas vão pra lá, os shows as exposições... As maiores riquezas econônicas estão por lá - eu disse econônicas.
Riqueza cultural é relativa, e na minha opinião, temos muita!
O que faz nossos projetos melhores, é nossa atitude e não é o quanto o cliente tem pra gastar. A tarde inteira de debate, que deveria ser sobre informação, tendencias e design, girou em torno de adivinhem?!?! Dinheiro!!!

Então falemos sobre ele...
Minha origem é muito humilde, meu pai é um fugitivo da seca que veio a capital ainda criança morar de favor em casa de parentes. Sem estudo, no braço, lutou por cada centavo, fez patrimônio e nos deu tudo (leia-se boa educação). Assim como meu pai, são milhares de cearenses, a grande maioria das nossas fortunas foram construídas e não herdadas, como acontece no eixo rio-sampa.
É claro que a relação com o dinheiro aqui é diferente.. e isso não só é pra ser entendido como é pra ser
respeitado!!!

Arquitetura, moda, moveis de design são vertentes da arte e arte se consome pela emoção. Por tudo nos realiza, pagamos o preço que for...
Eu não posso querer que uma laca resinada amarelo ovo (que me encanta porque lembra um scarpin que eu tinha na espanha) toque uma pessoa como meu pai. Pra emocionar ele teria que ser algo com um bom trabalho em couro, uma amarração, um encaixe inteligente...

E assim são as pessoas, todas diferentes... esse exemplo é pra mostrar que com sensibilidade, apresentamos, explicamos e não simplesmente impomos objetos. Podemos dar a oportunidade aos nossos clientes de ter em casa bens de consumo duraveis, com desenho qualidade, que casam referencias, que eles gostam e nem sabiam que existiam. Isso não é bacana? E acreditem... do que realmente se gosta, não se enjoa - independente de cor.
Consumir com consciência é até ecológico, resulta em menos descartes a curto e medio prazo... "menos efeito dominó de lixo" (isso eu acabei de inventar e um dia explico).

O que eu acho que falta de verdade entre profissionais e clientes é dialogo.
Aliás, diálogo ta faltando pra tudo - até entre nós arquitetos.
A palestra de ontem (I love you Mariana), nos provou isso... Vamos conversar! =)

Ah, a loja está linda... visitem!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

arquitetos?

"Da vida de um arquiteto ficarão as arquiteturas. Concretização de sua história, de seus sonhos e de seu trabalho. E a vida do artista é todo o significado que se pode extrair de uma obra de arte. No futuro, o arquiteto estará distante, cada vez mais diluído na memória dos jovens. Mas suas arquiteturas continuarão presentes – contemporâneas – e nelas, de certo modo, sua vida se estenderá, se desdobrando em outras.

Talvez por isto tenha o arquiteto sempre valorizado mais a vida do que a arquitetura. Afinal, de que interessa a arquitetura se não servir à vida?

Talvez também por isto tenha ele insistido em continuar sendo um amador onde muitos se esforçam pretendendo ser profissionais. (...)

Arquitetura não é arte para ser vista, apenas. É arte para ser vivida, vivenciada. Não se pode apreendê-la com fotografias, nem filmes, nem maquetes, nem nada. Todas estas formas são redutoras, parciais, incompletas. É preciso ir ao seu encontro, tocá-la com as mãos, com os pés, com o corpo todo e seus sentidos amplificados em movimento."


Artur Rozestraten, arquiteto e urbanista, professor junto ao Departamento de Tecnologia da FAUUSP

terça-feira, 8 de março de 2011

Parede com arte

Um belo e escandaloso papel de parede faz toda a diferença, não faz?
e esses da canadense ROLLOUT são o máximo, todos são obras de arte de ilustradores e designers espeialmente convidados para desenvolver series bem ousadas e exclusivas.
É papel parede como você nunca viu...


Eu sei que muita gente ainda não faz compras internacionais na internet, eu também não fazia (fora cosméticos), mas comprei o papel parede da minha sala de reunião de uma loja na Inglaterra, achando que levaria 1 mês para chegar e... guess what? Em uma semana chegou... Arrasou globalização!!!


 imaginem um quarto de baby bem hypado com as paredes estampadas assim...

então segue o link..  http://www.rollout.ca/artistseriesone.html

domingo, 6 de março de 2011

Revisitando

acabei de concluir uma coisa...
eu já digeri a ideia de que de vinte em vinte anos a moda e o design tendem a ser revisitados (olha a boca de sino nas ruas mais uma vez). Vi isso em tantas das minhas leituras aleatórias que adimiti como uma verdade. ok
Eu aceito, mas não me conformo de não saber o porquê das coisas.
Por esses dias conversando com uma cliente, a mais sensivel e educada que tenho, sem perceber, descobri como isso funcionava:


As novas informações chegam tão rapido e bombardeiam os consumidores de maneiral tal, que eles vão apenas absorvendo, sem pensar no porquê sim ou no porquê não.. só muito tempo depois, mais calmas e maduras as pessoas páram pra pensar no passado e no fizeram da vida, e as coisas velhas ganham valores afetivos pois são signos de histórias pessoais . O homo ludens (uma das causa do sucesso da Alessi) é um saudosista.


pronto! acho que achei a minha explicação pra uma das minhas numerosas indagações!!
Vinte anos seria o tempo q uma geração de jovens levaria para chegar ao topo da industria cultural, tornam-se os novos formadores de opinião ... bem na hora que estão reavaliando e refletindo sobre as influencias da sua juventude... deve ser isso!
Bem, vai ser isso até que alguém me apresente uma explicação melhor...

pior que ser sem futuro, é ser sem passado!

"Ser membro de qualquer comunidade humana, é situar-se em relação ao seu passado, ainda que seja tão somente para rejeitá-lo. Por conseguinte, o passado é uma dimensão permanente da consciência humana, uma parte inevitável das instituições, dos valores e de outros padrões da sociedade humana."
Hobsbawm

slow attitude

Lá vai a viagem: Século 21, acordamos!! O homem alcançou as super tecnologias, velocidade máxima na produção e a infelicidade... Do ultimo século pra cá, as invenções e a tecnologia vêm avançando em velocidade de progressão geométrica! Com tantas novidades bombardeando nosso dia-a-dia, o homem contemporâneo perdeu o poder de espantar.. é isso! As super novidades tecnológicas já não tem mais a mesma graça, não enchem os olhos e já não fascinam. Pode não parecer mas essa pode vir a ser a segunda grande questão filosófica do nosso século: o tédio - pq a primeira com certeza será a ecológica.
E é por isso que as coisas simples da vida estão em processo de ré-valorização.

Em paralelo a cultura "Eco", surge a "slow" que questiona para onde vamos com tanta pressa. Um questionamento e uma crítica a corrida desenfreada das pessoas em busca de mais produção e mais dinheiro, seguindo a máxima "time is money", que só nos levou à destruição do nosso planeta, às doenças modernas - como o stress e o câncer, a violência na disputa de bens materiais e ao enfraquecimento das relações familiares e afetivas. Os seguidores da "slow attitude", não vivem como epicuristas, apenas procuram perceber e desfrutar de pequenos prazeres da vida, como um almoço tranquilo em família ou uma caminhada até o trabalho. Enfim, são sensatos...

No campo do design, os projetos que mais intrigam e emocionam são aqueles extremamente simples, os mecanismos expostos, os materiais compreensíveis, a ideia palpável. Há 10 anos atrás, eu nunca me imaginaria com mais vontade de deslizar os dedos por os veios de uma prancha de madeira que por uma laca resinada "lançamento" - e olha que eu não sou do time eco-chato. Essa mudança de comportamento e inevitavelmente também de consumo mudam o mercado e e consequentemente a industria, abrindo espaço para novos designers e suas pequenas produções comercializadas através da internet por todo mundo.

Mas não é só isso... ao passo que eu observo o crescimento do moderno e "ultimate" mercado "on-line", vejo o surgimento de compradores do mais novo ainda mercado "out-line" ( trocadilho com o termo em inglês que criei para artigos velhos, ou seja, fora de linha). O enfraquecimento do poder da novidade, viabilizou a "onda vintage" e objetos ordinários e esquecidos do passado ganharam status de peça de antiquário ao lado de cadeiras Luis XV. É como se reconhececemos que éramos felizes e não sabiamos... Uma volta percebida também no design gráfico, várias empresas adotaram novas identidades visuais retrôs. Algumas até foram mais longe, voltando no tempo para resgatar logotipos já utilizados nas décadas passadas, como fez - e muito bem - a italiana Fiat.

Agora temos nas prateleiras além dos produtos eco e reciclados, os produtos retrôs e produtos de antiquario ou "originals"(como dizem). Produtos e mais produtos.. continuamos produzindo e descartando, um ciclo tangido pela implacável moda. Somos bombardeados diariamente por tantas ultimas novidades que vão sendo absorvidas, aceitas e compradas, sem refletxão. Passa a moda, passa também a vontade de possuir aquilo -isso vale inclusive obras de arte, acreditem - e dái vem o descarte/desperdício. Essa falta de relacionamento impede que que se dê significância ao que se consome e pode-se descartar tão impulsivamente como se compra. Em caso de dano ou quebra, nem se pensa duas vezes!! Afinal consertar pode custar um bom percentual do preço de um novo, mais moderno e "da moda". Fazemos acreditando ser uma questão de economia, não consumismo, mas o é. Somos culturalmente consumistas!!!